sábado, 19 de setembro de 2009

- A Miséria Nossa de Cada Dia



Sempre desconfiei, que os políticos brasileiros
queriam fazer do Brasil um grande circo,
onde o povo seria o palhaço...
O que me surpreende e indigna
é a passividade do público!

(Janete Moreira)




Diariamente observo crianças se contorcendo em malabarismos quando os sinais fecham por toda a cidade. Essas cenas se repetem há anos. Algumas dessas crianças já estão entrando na adolescência e dedicam-se a fazerem novos discípulos. Alguns deles chegam ao absurdo de arriscarem sua saúde, engolindo querosene, pra cuspir fogo e deleitar a burguesia, que de dentro de seus carros blindados observam passivos, enquanto decidem se vão dar ou não uma moeda em troca da salvação eterna.

Essa perigosa e degradante alternativa de sobrevivência é mais uma herança do governo petista, que se orgulha de ter criado em nosso estado a escola circo.

Obvio demais, dizer que criança tem que ir pra escola ao invés de estar na rua.

Não seria essa uma forma de estimular o trabalho infantil?

Curiosa, perguntei a algumas delas o porquê de estarem trabalhando sob sol e chuva, quando deveriam estar nas escolas ou no aconchego de seus lares? E na maioria das vezes ouvi a dolorosa resposta: “Tô aqui, porque tenho que ajudar minha mãe e meus irmãos.”

Fica claro, que nossos governantes estão delegando a função de arrimos de família, as crianças e adolescentes. Vítimas indefesas de suas más administrações e descuido com o patrimônio público. Levando levou nosso país a esse vergonhoso quadro de miséria.

Sempre desconfiei que os políticos brasileiros quisessem fazer do Brasil um grande circo, onde o povo seria o palhaço... O que me surpreende e indigna é a passividade do público!

Confesso que sou contra a política assistencialista e por que não dizer eleitoreira? Que o governo vem desenvolvendo pelo Brasil a fora. Onde subornam o povo com “bolsa disso... bolsa daquilo” (futuramente recheadas de santinhos com a imagem da Santa Dilma), nos afrontando a inteligência e logrando a vontade do nosso povo, de crescer com dignidade.

Sabemos que uma política de geração de emprego seria a solução. Mas, enquanto isso não se torna fato, recuso-me a ser conivente com o abandono.

Como agentes modificadores da sociedade... O que podemos fazer pra mudar essa dura realidade?

Estamos preservando nossa piedade, ou já nem nos sensibilizamos com o estado de indigência em que nosso povo se encontra?

Temos exercitado nossa caridade e ajudado (na medida do possível) esses abortos sociai
s, que nos pedem socorro a cada trinta segundos em que somos obrigados a parar e olhar para o nosso semelhante?

Rever nossos valores e ouvir nossa consciência seria um bom conselho. Mas, gostaria de dizer que: aumentar o valor do “ingresso/esmola/doação espontaneamente, já seria de grande valia.

Lembre-se, que em situações de calamidades públicas, devemos parar de olhar pros nossos umbigos e sermos “homens de boa vontade”. Pois, humanidade nunca é demais!

Por: Janete Moreira

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