quinta-feira, 22 de outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Amar Nem Sempre É Um Grande Barato



Por: Janete Moreira

- Persistir ou Desistir?


A autoestima está diretamente ligada a sua capacidade de viver intensamente e de forma prazerosa uma relação de amor.

Ter ciência disso deverá ser pré-requisito, pra que você se envolva, sem correr o risco de vir a ser magoada, depois que a paixão se for e só ficar o que de forma equivocada denominam de "Amor".

Quando você se apaixona perdidamente por uma pessoa... Dá tudo de si... Expressa, através de atos e palavras a nobreza dos seus sentimentos, e o outro não baixa a guarda. Fique atenta! Você pode está vivendo uma relação de confiança e envolvimento unilateral. E com toda a certeza será uma relação fadada ao desgaste e inevitável fracasso.

Viver sob suspeita causa estresse e fadiga emocional, tira suas forças, sua vontade de construir algo sólido e além do mais, funciona como um balde de água fria na sua vida sexual, além de destruir seu amor próprio.

Quem suporta dar afeto e receber desprezo sem desestabilizar?
Dizer: “Eu te amo!” E ouvir: Será? É realmente devastador.

O ciúme infundado, fruto da baixa autoestima do parceiro, poderá ser o estopim da relação.

Do surgimento dos primeiros sinais de desconfiança, a fase em ele resolve te intitular alguém indigno de seu afeto é um pulo. Desculpa "esfarrapada", usada com o objetivo de mascarar seus medos. De não ser bom o suficiente pra você... De não te bastar... De um belo dia você acordar e descobrir que: ele não é tão maravilhoso quanto você imaginava.

Inicialmente destilará seu veneno através de “piadinhas” acompanhados de sorrisos. Mas, com o passar do tempo, virão acusações infundadas, sérias e ofensivas que serão motivos de lágrimas e arrependimentos. Os “axismos” dele, mesmo sem fundamento algum, sempre vão pesar mais do que suas constantes e incansáveis demonstrações de afeto e companheirismo.

Desesperador perceber que a mudança (a salvação da relação) independe de sua conduta.

Difícil se imaginar vivendo sob suspeita pelo resto de sua vida...
Impossível digerir ás mágoas que vão se acumulando a cada "mal-dita" palavra.

Persistir... Ou desistir?

Algumas pessoas pagam pra ver!
Lutam incansavelmente na tentativa de “provar” que são dignas de serem amadas sem reservas. Mas, nessa luta inglória não percebem que só tem a perder.
Com o tempo sua infelicidade começa a ser percebida... Seu sorriso se esvai... Sua pele perde o viço... Sua vaidade se extingue e...


... É justamente nesse momento, que o sujeito perde o interesse, arranja outra e você percebe que: Amar nem sempre é um grande barato!


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Auto Retrato - Mário Quintana


“No retrato que me faço- traço a traço
ás vezes m pinto nuvem, as vezes me pinto árvore,
as vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança..
ou que não existem mais um dia existirão,
e desta lida em que busco, pouco a pouco
minha semelhança, no final o q restará?
O desenho de criança corrigido por um louco.."

(Mário Quintana- Auto Retrato)

Os Ninguéns - Eduardo Galeano



As pulgas sonham em comprar um cão, e os "ninguéns" com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinhacai do céu da boa sorte , por mais que os ninguéns a chamem a mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam supertições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.

(Eduardo Galeano - Livro dos Abraços)


Fonte: textosinteligentes.blogspot.com

Palavras... Apenas Palavras.




(...) Ah, mas como eu desejaria lançar ao menos numa alma
Alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação.
Isso consolar-me-ia um pouco da nulidade de acção em que vivo
(...) Mas vibra alguma alma com as minhas palavras?
Ouve-as alguém que não só eu?”

(Livro do Desassossego – Fernando Pessoa)



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Comportamento - Inteligência Emocional


- Como usar as emoções a nosso favor

Por: Paulo Araújo

Cientistas pesquisaram, pesquisaram e provaram por A+B, que o Q.E. (Quociente Emocional) é o maior responsável pelos nossos sucessos ou fracassos. O Q.E. (Quociente Emocional) pode ser desenvolvido e estimulado, ao contrário do Q.I (Quociente de Inteligência). O problema é que sempre mediram nosso Q.I., deixando de lado o aspecto emocional.

Entenda-se por Inteligência Emocional o uso intencional de suas emoções agindo a seu favor, com isso produzindo resultados positivos.

Segundo o Dr. Hendrie Weisinger nossa inteligência emocional pode ser desenvolvida, principalmente, por estes três meios:

01. Amplie sua autoconsciência. Procure perceber o modo como você faz suas ponderações e avaliações, sua atuação em relação aos colegas de trabalho ou atendimento a seus clientes. Basicamente, procure prestar atenção em seus atos e sentimentos, lembre-se que a percepção que os outros têm de nós é muito diferente de nossa autopercepção, ou seja, a forma que nos vemos é, completamente, diferente da que forma com que os outros nos vêem. Um exemplo é a velha história da fita de vídeo ou da fotografia. É incrível a quantidade de pessoas que não se reconhecem ou que acreditam não serem fotogênicas. Para ampliar a autoconsciência é preciso realizar autocríticas regularmente, mas de uma maneira ordenada. Escreva no papel as percepções que tem de si mesmo e pergunte a alguém em que você confie e que admire se a forma como os outros lhe vêem não é muito diferente da forma como você se vê. É um exercício bastante enriquecedor, vale a pena experimentar, mas esteja aberto a críticas e sugestões. O feedback é sempre um presente.

02. Controle suas emoções. Procure redirecionar sua energia emocional para buscar resultados positivos em todas as suas situações de vida. Pratique exercícios como desenvolver diálogos internos mais construtivos, procurar tornar um hábito ser um bom “solucionador de problemas”. Controle sua excitação, pois o corpo fala e pode demonstrar raiva, ansiedade, desânimo, desinteresse e uma série de atos que podem prejudicá-lo. Faça do entusiasmo e bom humor grandes aliados em seus combates diários. Neste ponto vai ficar claro que você pode ser seu melhor amigo, bem como seu maior inimigo. Saiba que um pensamento é apenas um pensamento, o qual pode ser modificado e que emoções como ressentimento, excesso de críticas e culpa de forma exagerada são muito prejudiciais a sua carreira. Lembre-se que a vida é feita por relacionamentos e são suas emoções que os regem. Aprender a controlar e, principalmente, a gerir suas emoções é um enorme diferencial neste novo mundo competitivo. O verdadeiro poder está na capacidade de amar a si mesmo, bem como saber distribuir e compartilhar este amor. A vida é relativamente simples, mas o ser humano é extremamente complexo.

03. Aprenda a se automotivar. Ainda segundo o Dr. Hendrie, temos quatro grandes fontes de automotivação. São elas:

• Você mesmo com suas crenças e atitudes. Você é exatamente aquilo que pensa que é. A frase “não sou bom o bastante” não deve fazer parte do seu vocabulário. Todos nós somos dotados de uma capacidade enorme de aprender, aliás, o aprendizado, o conhecimento é o que nos diferencia dos outros animais. O problema é que pensamos que sabemos muito e fazemos muito pouco, ou como diz a consultora Inês Cozzo “saber e não fazer, é ainda não saber.” Mais do que motivação o que existe é automotivação, porque você só faz se você quiser, se houver comprometimento. Atitudes podem ser mudadas, mas nunca esqueça que são elas que lhe fazem feliz ou infeliz, realizado ou fracassado, tudo é uma questão de escolha e ninguém pode ou deve escolher por você.

• Pessoas a sua volta. Busque apoio e incentivo em amigos e parentes. Fuja dos pessimistas de plantão, eles estão bem próximos dizendo o quanto tudo está errado, porém fazem pouco para mudar a situação. Muitos pessimistas se auto-rotulam de realistas, mas na verdade o novo e o desconhecido os amedrontam. Seja seletivo em relação a suas amizades, o que não quer dizer, que você deve ser preconceituoso, mas sim que deve procurar ter em sua equipe pessoas positivas, de alto astral e que iluminem o ambiente. Nos momentos de crise, elas fazem a diferença, são mais dispostas a enfrentar novos desafios e tendem a ter melhores resultados.

• Mentor emocional. Tenha uma figura-modelo real ou fictício, alguém que realmente lhe inspire. Afinal, todos temos momentos de desânimo, apatia, aquela sensação de que nada vai dar certo. Pense em alguém que você admira, seja um ente querido, um grande atleta ou empresário. Você acha que foi fácil para ele? Não. Houve crises, fracassos, derrotas. A diferença: eles souberam levantar, compreenderam que a adversidade faz parte da vida e não pode ser evitada, mas sim compreendida. Use esses exemplos de vida como parâmetros, se eles conseguiram, por que você não pode conseguir também?

• Ambiente e instalações. Transforme o seu local de trabalho em algo alegre e agradável. Fatores como o ar, iluminação, cores e decoração fazem parte dos “detalhes” que nos levam ao sucesso. No seu local de trabalho evite cores escuras, use cores alegres, sempre que puder mude o ambiente físico com uma nova decoração, troque os móveis de lugar, muitas vezes nem é preciso muito investimento para mudar. Nesse aspecto, as mulheres são campeãs. Pergunto: quantas vezes sua mulher fez você mudar a estante e o sofá da sala somente para mudar um pouco o ambiente? Elas são eternas insatisfeitas, o que é muito bom, pois é assim que se muda o mundo. Lembre-se: onde se ganha o pão, o solo é sagrado. Transforme o seu local de trabalho em um refúgio aconchegante, um lugar agradável, ideal para se buscar inspiração.

A inteligência emocional é algo que pode ser aprendida e aperfeiçoada, pois quando estamos motivados enfrentamos crises e obstáculos com muito mais coragem e determinação, somos mais criativos e propensos a levar nossas ações até um bom e feliz fim.


sábado, 10 de outubro de 2009

Dancem Macacos, Dancem!!



Vídeo: Ernest Cline

Violência – Recorrer ou Correr?



Por: Janete Moreira


Diariamente nos deparamos com situações de violência, que nos deixam perplexos com o grau de ousadia dos delinquentes, que com suas armas em punho roubam a nossa paz .

Pior ainda, quando essa realidade chega tão perto da gente a ponto de mudar nossas rotinas.

Não bastasse a fadiga física e mental a que somos submetidos na labuta diária, ainda temos que sofrer dores físicas, fruto da tensão causada pelos constantes confrontos, ameaças anônimas ou não a que nos expomos ao sair de casa.

O que fazer?

Desamparados por uma policia desinteressada em fazer o trabalho a que se propôs, que teima em tentar nos convencer que nós “as vítimas” devemos nos conformar e esperar passivamente, o confronto inevitável se não quisermos encabeçar a lista de vítimas fatais.

Ainda não sei exatamente como melhorar de forma eficaz a minha segurança e daqueles que estão sob a minha responsabilidade, mas pelo menos estou correndo atrás de resolver coisas que estão dentro da minha alçada como: reforçar portas, mantê-las fechadas, levantar o muro, colocar cerca elétrica, pedir ajuda: A polícia... Aos governantes... E finalmente a Deus... Mas, infelizmente nenhuma prevenção é suficiente para que possamos nos sentir realmente protegidos.

Alegam-se motivos variados pra violência gratuita, mas o que tenho observado é que parece que a violência de repente virou moda! Principalmente entre os jovens.

Mata-se por diversão, por um pouco de adrenalina ou simplesmente pra exercitar a crueldade. Não existe uma causa justa pra qualquer tipo de violência. Mas, parece que a violência no Brasil e no mundo é cultural.

As crianças desde tenra idade, já são treinadas pra matar. É comum vermos, pais irresponsáveis presentearem seus filhos com jogos de violência explícita onde o “mocinho” destrói seus adversários com armas fictícias e ainda ganham pontos por isso. Em tempos de globalização, ainda não perceberam que o que separa o virtual do real é só uma tênue linha.

Banalizaram a violência e hoje colhem os amargos frutos.

Mas, de tudo isso, o que me surpreende é ver como a conivência, a passividade e porque não dizer a parceria com o que é considerado contravenção, já se instalou em quase todas as instâncias dos três poderes.

Daí até achar que matar é só uma pequena contravenção é um pulo. Não existe na verdade uma diferença substancial entre crime e contravenção penal, pois o mesmo fato pode ser considerado crime ou contravenção pelo legislador, de acordo com a necessidade de prevenção social. Infelizmente no Brasil, a prevenção ainda é ignorada.

O descaso e a inércia das autoridades competentes, pagas com nosso suado dinheirinho pra nos proteger, me indigna e me leva a um questionamento:

Quem está por nós?