sábado, 26 de setembro de 2009

Comportamento - Quando Sublimar É Preciso




- Mulhereres Modernas - E o Conceito da Sublimação


No princípio Deus fez o homem...

Depois fez a mulher. Formas arredondadas, beleza incontestável, o par ideal para a masculinidade de seu companheiro. Mesma essência, diferentes funções. Aliados, amigos, amantes. Estava completa a obra do criador.

Mas, algo aconteceu. Algo mudou essa perfeita sinergia. Os homens esqueceram que as mulheres fora tirada de uma costela, não dos pés para serem pisadas. As mulheres do mesmo modo esqueceram que sua origem não era da cabeça, de uma parte de cima do homem, onde lhes daria uma idéia de superioridade. Daí vieram os conflitos, até que a mulher perdesse sua identidade.

Nós mulheres ditas modernas estamos mais insensíveis do que nunca! Com perdão do jargão: “Estamos sem saco!”

Às vezes magoamos pessoas que amamos e demoramos demais pra reconhecer nosso erro. Hora estamos intolerantes, inflexíveis, individualistas... E porque não dizer egoístas? Noutras nos descompensamos e por algum tempo esquecemos que somos mulheres e no que isso implica.

Será que a mulheres na sua corrida desenfreada em busca de sucesso e liberdade, perderam sua capacidade nata de sublimação (mecanismo de defesa pelo qual a energia psíquica de tendências e impulsos inaceitáveis primitivos se transforma e se dirige a metas socialmente aceitáveis) e estão libertando também seus sentimentos individualistas?


Seria esse o motivo de explosivos momentos de exasperações diante de coisas tão pequeninas, que em outros tempos, nós tiraríamos de letra, se não estivéssemos tão fragilizadas ou porque não dizer flageladas com a sobrecarga diária?

Onde foi parar o altruísmo, que nos fez ganhar o título de “rainhas do lar” ao longo de nossa jornada?

Eu poderia atribuir essa ausência explícita de bom senso, a gangorra hormonal que vitima as mulheres ao longo de sua vida. Mas, nossa fama de “boazinhas” corre longe. É cultural. Portanto, só resta a nós mulheres “modernas,” assumirmos a culpa e dar a mão à palmatória. Admitir que falhamos na tentativa de sermos física e emocionalmente superiores e irretocáveis...

De longe, percebo que somos muito “boas’ em tudo que fazemos, mas continuamos muito longe da perfeição almejada. Estamos deixando falhas irremediáveis na nossa história e isso tem que ser revisto com a máxima urgência, antes que possamos colher amargos frutos do que plantamos

Falhamos muiiitas vezes! E isso se deve ao fato de que somos seres que sofrem mutação diária na tentativa de nos adequarmos a dura realidade a que nos submetemos. Estamos aprendendo errando. E essa é forma mais dolorosa de aprendizagem.

Há milhares de anos a mulher exerce o papel de conciliadora. E, apesar do estresse a que somos expostas na atualidade, onde tentamos superar o homem e nossos próprios limites, nas diferentes funções captadas no mercado de trabalho; a harmonia familiar ainda depende quase que exclusivamente de nosso empenho e bom senso. Infelizmente, muitas mulheres, na ânsia de uma suposta igualdade entre os sexos, masculinizaram-se. Acharam que para trabalhar com os homens ou no lugar dos homens, precisavam ser como homens, mas não perceberam que o que as dava vantagem eram justamente suas diferenças.

Ser uma boa mãe/filha, esposa/amante e profissional competente, dinâmica e atualizada requer sacrifícios. E, é justamente ai, que entra a sua capacidade de sublimação. Temos que saber o quanto de nós podemos sacrificar na tentativa de salvarmos nossas famílias. Mesmo que ela seja complexa e que por vezes sintamos vontade de desistir.

O mundo nos mostra hoje, que a feminilidade, é a saída generosa para a crise que o poder masculino construiu. E que destrói o planeta e seus habitantes.

E mesmo conscientes de que manter uma família unida é difícil. Ainda acredito que: com amizade, respeito e Deus em nossas vidas... Teremos o tão almejado “FINAL FELIZ.”

Por: Janete Moreira

Um comentário:

  1. Excelênte esse texto sobre a mulher moderna. Bom alertar sobre os perigos conseguentes das multiplas funções delegadas a mulher. Seria uma pena que elas perdessem seu diferencial dos homens, conhecidos por sua tolerância zero.
    Parabéns por seu Blog, seus textos são de ótima qualidade.

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