segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Gripe Suína - Pânico e Impotência diante do vírus mutante



O que é a "gripe suína"?
É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2. O atual surto, que teve início na América do Norte, é provocado por uma versão mutante do vírus H1N1 capaz de infectar humanos e se propagar de pessoa para pessoa.

Quais são os sintomas da "gripe suína"?
Os sintomas da "gripe suína" em humanos são semelhantes aos produzidos por gripes comuns, sazonais. Esses sintomas incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga.

Por que a OMS mudou o nome da "gripe suína" para gripe A H1N1?
Segundo Dick Thomson, porta-voz da instituição, o nome foi trocado porque o vírus "é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal". "Recebemos muitas consultas de associações de animais e produtores questionando o nome, e finalmente decidimos trocá-lo", disse Thomson.

A "gripe suína" pode ser tratada?
As autoridades americanas dizem que duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos que aconteceram até agora.
Porém, esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito. O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.
Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.

Qual a letalidade do vírus?
Análises preliminares do vírus H1N1 sugerem que se trata de uma linhagem menos agressiva, segundo cientistas. Especialistas acreditam que seria necessária uma nova mutação para que o H1N1 causasse a alta taxa de mortalidade que alguns previam. No entanto, até agora é impossível prever com precisão como a doença vai evoluir e qual a sua taxa de mortalidade.

O vírus pode ser contido?
O vírus já se espalhou pelo mundo e muitos especialistas acreditam que a sua contenção, numa era de viagens aéreas fáceis, deverá ser muito difícil.
A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou, durante a abertura de um fórum internacional sobre gripe suína, no México, em 3 de julho, que a dispersão do vírus H1N1 pelo mundo "não pode ser mais contida". "Pelo que vemos hoje, com mais de 100 países registrando casos (da gripe), uma vez que uma pandemia de um vírus começa, sua dispersão internacional não pode ser contida", disse Chan, durante a abertura do fórum, na cidade de Cancún.

Qual as recomendações do governo brasileiro?
O Ministério da Saúde intensificou o monitoramento nos aeroportos para evitar a entrada de pessoas infectadas pelo vírus da "gripe suína", nos voos procedentes de países com alto graude de infecção.

De acordo com o ministério, quem esteve nas áreas afetadas pela "gripe suína" deve procurar um posto de saúde nos aeroportos caso apresente os sintomas da doença. Nos próprios aeroportos, há postos da Anvisa.


O ministério também recomenda alguns cuidados que devem ser tomados para quem for viajar para esses lugares:


- Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência em áreas afetadas.

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Evitar locais com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

Fonte: (Com informações da BBC, da Reuters e da Agência Brasil)


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